A liberação do velho; da velha energia ou, seja lá qual for o nome que se queira dar, é a liberação do ego. E esta liberação vem acompanhada de raiva, desconforto, desorientação. E... mais raiva. Afinal de contas, nada funciona mais como era confortavelmente conhecido, tudo parece caótico. E vem também acompanhada de dor, tristeza, abatimento, cansaço. E... mais raiva. Afinal, por que é tão solitário despertar?
Bem, antes de desistirmos no meio do caminho é bom lembrar que se estamos experimentado a oportunidade de despertar para uma nova consciência nesta vida é porque trouxemos prerrogativas cósmicas para tal. E este é um grande motivo para celebrar, não!
Depois, a liberação do ego é uma declaração de liberdade.
As coisas não funcionam mais como antes, quando começamos a despertar.
E, de fato, não deixam de funcionar.
É que elas funcionavam para uma experiência em 3ª. Dimensão, seguindo um sistema tridimensional. Agora, começam a funcionar para uma outra dimensão. Assim, é preciso afinar os instrumentos para uma compreensão amorosa desta nova dimensão para a qual despertamos.
Na vida tridimensional nos acomodamos a modos ajeitadinhos de viver a experiência. Nos acomodamos a esperar que as coisas caíssem do céu. Se agíssemos assim, o resultado seria assado. E o mundo físico era conseqüência de um beneplácito do Alto.
Nada disso ocorre no caminho para a Nova Energia.
Uma consciência em expansão assume para si a responsabilidade pela co-criação do seu enredo. E, quanto mais ego, mais entulho para liberar de tal enredo.
Mesmo assim, não importa o quociente de ego que amealhamos nesta vida tridimensional, não foi ele que nos trouxe até aqui. Quem amorosamente nos guiou e pacientemente nos desperta é nosso Eu Superior.
Enquanto o ego quer ter razão, o Eu Superior se compadece.
Enquanto o ego quer vencer, o Eu Superior quer apenas nortear esta jornada de expansão.
Por um motivo que vamos a passos largos descobrindo... despertamos, apesar do ego.
E estamos aprendendo a co-criar nossa Existência.
Quanto menor a resistência em liberar os registros do ego, maior a Alegria.
Eu lembro sempre a mim mesma: Você não está só, por mais solitário que o despertar possa parecer!
Co-criação é o processo no qual vocês, como seres humanos, podem interagir com o vosso Ser Superior, essa peça de Deus que reside em cada um de vós, de forma a mudar a realidade das vossas vidas. Mas o maior obstáculo é a atual crença de que este processo seja uma fantasia. Alguns disseram: “Oh!, que presente maravilho! Há quanto tempo tem estado disponível?” Respondemos-lhes: “Há cerca de dois mil anos!” E o primeiro a comunicar-vos isso foi Ele mesmo, o grande mestre do Amor. Jesus disse: “Todos vós podereis ser como eu – uma criatura de Deus!”. (...) Vocês só podem co-criar realidades para vós mesmos. Podem transmitir boas energias a todos aqueles que precisam, para que alcancem a Paz, a preparação e a cura. Mas, meus queridos, só eles podem fazer com que as suas vidas avancem. Só eles podem equilibrar-se a si próprios com a sua própria intenção.»
Para co-criar é preciso ter em atenção quatro aspecto: Intenção, Realidade, Verbalização e Auto criação.
O texto que se segue são excertos de uma canalização de Kryon, no livro 2 de Lee Carroll ,“Não Pense com Ser Humano”, que retirei do livro “Co-Criação – A Dança com o Espírito”, de Vitorino de Sousa, aos quais fiz pequenas adaptações.
Intenção – Para co-criar e permitir que o Espírito flua para o nosso corpo, é preciso mostrar ao Universo essa nossa intenção. Devemos reconhecer o nosso carma, caminhar através dele ou solicitar o Implante Neutralizador, pois é extremamente importante que nos desprendamos do carma. Verbalizar uma intenção é um momento sereno e sagrado no qual falamos com o nosso Espírito e dizemos: desejo assumir o meu poder e co-criar. A minha intenção é converter-me num ser de luz e usar corretamente o dom da Nova Energia.
Realidade – Este aspecto consiste em sermos capaz de aceitar estas novas ferramentas como sendo uma realidade… embora possam parecer “mágicas”. Usem-nas e esperem pelos resultados.
Verbalização – A verbalização tem um objetivo: é importante que os nossos próprios ouvidos ouçam o que é dito por nós. As palavras são projetadas para o ar e regressam à nossa mente, que ouve o que estamos a pedir. As palavras irão “confirmar” o que o Espírito deseja ouvir, vindo de nós. Quando o corpo físico e o corpo astral ouvem, simultaneamente, a mesma mensagem, produz-se a fusão das duas mentes (a física e a astral). O Amor e a Luz são a mesma coisa. Por isso, é através da verbalização que o fluido do Amor se distribui entre a nossa essência, enquanto “peças de Deus”, e a nossa essência, enquanto Humanos em aprendizagem. Isto é essencial! Portanto, a verbalização do que desejamos e necessitamos, deve ser feita em voz alta.
Auto criação – Nós podemos co-criar, com propriedade, tudo aquilo que desejamos. Se já nos desprendemos do carma, se somos iluminados, é evidente que não vamos criar acontecimentos inoportunos, quer para nós, quer para aqueles que nos rodeiam. Ao co-criarmos somente o fazemos para nós, ou seja, o que fazemos permanentemente é aumentar a vibração do planeta. É certo que existe o carma de grupo, a ação de grupo e o poder. Mas quando utilizamos o poder, utilizamo-lo pessoalmente. Não podemos permitir que alguém intervenha nas nossas criações. Se assim o fizermos, o nosso poder não funcionará.
